Santa Rita do Sapucaí / MG - domingo, 05 de maio de 2024

Tipos de Partos

 
 

A polêmica sobre qual tipo de parto escolher ainda parece estar longe de seu fim. Entretanto, a opinião médica deve sempre prevalecer sobre suposições leigas. Por isso, o pré-natal é importante, pois fornece informações valiosas para que o médico e o casal tomem a melhor decisão.


“Toda gravidez que evolui normalmente deve terminar em parto normal. A operação cesariana só deve acontecer com indicação médica, e quando há uma situação que oferece risco para a mãe ou para o bebê. Não é uma escolha da mãe”, afirma a Dra. Ana Carolina Chuery, gineco-obstetra.


Mas quais são as diferenças entre os dois partos? “Hoje, há algumas campanhas a favor do parto natural. Acho isso importante, pois é muito melhor para ambos, a mãe e o bebê. É muito mais prático, a mulher se recupera mais rapidamente, pode amamentar logo em seguida. Na operação cesariana, não há condições de segurar o bebê logo em seguida, e isso é um pouco frustrante para a mulher”.


Saiba mais sobre os principais tipos de parto:


PARTO NATURAL — Há um tempo médio entre doze e catorze horas para a realização do parto, começando a contar do início das contrações, que primeiramente são mais leves e esparsas e depois se tornam regulares e mais dolorosas. Pode-se também induzir o parto por algumas razões, como contrações fracas, progresso lento e tempo de gestação superior a quarenta semanas. Há várias maneiras de induzir o parto: mediante a utilização de medicamentos com substância específica ou a ruptura artificial das membranas.


OPERAÇÃO CESARIANA — Trata-se de uma cirurgia geralmente programada com antecedência. Requer internação na noite anterior e jejum de doze horas. É feita com anestesia epidural, que mantém a mulher consciente durante a operação. O procedimento total leva em torno de 45 minutos, e o nascimento nos primeiros dez. O pós-operatório pode durar, em média, de uma semana a dez dias.


PARTO DE CÓCORAS — Desde tempos muito antigos, as grávidas procuram posições para facilitar o momento do parto. Na civilização ocidental, com o surgimento da figura do obstetra e de novas tecnologias na medicina, a posição mais comum para o trabalho de parto tem sido aquela em que a mulher é colocada deitada de costas, em mesas específicas, onde mantém as pernas abertas, para que a região genital possa ser bem observada pelo médico.


Apesar disso, há ainda algumas mulheres que optam pelo chamado parto de cócoras, posição indicada para o período expulsivo do bebê. “Há poucos lugares especializados nesse tipo de parto. Eles são comandados por uma equipe de médicos que defende este tipo de procedimento por ser um estímulo ao parto natural”.


Entre as vantagens do parto verticalizado, a médica destaca a menor necessidade da episiotomia (intervenção cirúrgica para seccionar a mucosa vaginal e os músculos superficiais do períneo), a participação mais efetiva do pai durante o processo do parto, o menor trauma físico e psíquico para o bebê, além de maior proximidade afetiva entre a mãe e o bebê.


“É claro que podem ocorrer dificuldades na saída do bebê, o que resultaria, inclusive, em conseqüências para a saúde do feto. Por isso, é muito importante ter a supervisão médica para observar a evolução do parto”.


PARTO NA ÁGUA— Cada vez mais, ouve-se falar do parto na água no Brasil. Trata-se de uma modalidade de nascimento na qual a mulher fica dentro da água – geralmente em uma banheira – durante o período expulsivo do feto. Assim, o bebê chega ao mundo em pleno “meio aquático”, ambiente apontado pelos médicos como muito similar ao do útero.


“Também é mais uma forma de estimular o parto natural. O ambiente da água é muito semelhante ao da bolsa, tem o mesmo meio líquido, a temperatura equivalente”, a água para o parto deve ser aquecida a 36 graus centígrados, o ambiente geralmente fica à meia luz e o pai ou acompanhante pode entrar na banheira com a futura mãe.


“O mais importante é que a escolha do tipo de parto seja uma decisão da mulher. Ela precisa estar consciente de todas as implicações de sua opção. Caso seja necessária a intervenção médica, ela deve aceitá-la”.



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